Editorial: ESCUDO ACÚSTICO: UMA TÉCNICA PROMISSORA NO COMBATE A POLUIÇÃO SONORA

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Fernando Andrette
fernando@avmag.com.br

A maioria dos nossos leitores sabem que vivo no meio do mato há quase 18 anos. Um local em que à noite, mesmo com a janela de minha sala de trabalho aberta, o ruído externo fica abaixo de 42 dB. E com a janela acústica fechada, o ruído cai para menos de 31 dB!

Então imagine cada vez que vou a São Paulo, visitar meu filho e amigos, o quanto me incomodo com a poluição sonora na capital.

Já medi, dentro de casa com janelas fechadas, ruído acima de 80 dB, em horário de pico, e acima de 68 dB após a meia noite.

Como viver em meio a tão intensa poluição sonora? Ter uma noite tranquila de sono reparador, e mesmo nas horas de lazer ouvir nossa música, sem essa competir com os ruídos externos?

Este é um problema cada vez mais dramático nas grandes cidades – e muitos métodos de aliviar ou banir este problema estão sendo estudados.

Agora, um estudo da Universidade de Boston, coordenado pela cientista Zhiwei Yang, parece bastante promissor.

Yang e sua equipe desenvolveram um ‘escudo acústico’, que bloqueia eficientemente frequências indesejadas, mantendo o fluxo de ar, o que será uma revolução em qualquer tipo de ambiente, como: fábricas, escritórios, aeronaves, aeroportos, espaços públicos e residências.

A tecnologia se baseia no silenciamento em banda larga, programável, trazendo mais conforto auditivo. Utilizando metamaterial, o dispositivo pode ser tanto retangular, como cilíndrico, ou em múltiplos formatos, todos mantendo o fluxo de ar inalterado.

O sistema foi batizado de: “Tecnologia de metamaterial ultra aberto de gradiente de fase”, e pode até mesmo ser usado em ventiladores, hélices, turbinas e sistemas de ar-condicionado, com eficiente redução de ruído e total passagem de ar.

A abordagem é muito semelhante à utilizada no cancelamento de ruído de fones de ouvido.

O avanço significativo é pelo fato de trabalhar com uma larga banda audível, o que possibilita a eficácia do sistema, mesmo quando o ruído muda de frequência e de volume, tornando-o ideal para locais com inúmeros ruídos distintos.
Agora, a universidade está em busca de empresas que patrocinem a descoberta e inicie o processo de produção industrial em larga escala.

Quem sabe nossos filhos possam viver em ambientes menos poluídos sonoramente, e com a garantia de lazer e noites bem dormidas, como as que desfruto a quase duas décadas no meu paraíso, cercado de verde e ausência de poluição sonora e atmosférica.

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