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Fernando Andrette
fernando@avmag.com.br

Não estou falando no sentido figurado, ainda que inúmeras vezes, revisores tenham usado termos como ‘nirvana’ ou ‘orgasmo’ para descrever o impacto que um produto proporcionou ao ser avaliado.

Falo da descoberta de Cientistas da Universidade de Harvard, que constataram que uma boa parcela da população mundial sente arrepios ao ouvir música, levando-os a expressar emoções intensas.

Intrigados com esse fenômeno, resolveram pesquisar e descobriram que essas pessoas mais ‘sensíveis’ têm conexões neurais especiais entre o córtex auditivo que processa os sons, e o córtex insular anterior, envolvido em todo o processo de emoções.

Nessas pessoas, essa ligação fortalece respostas emocionais intensas que podem ser sentidas como um verdadeiro ‘orgasmo na pele’.

Os cientistas observaram que esse processo é desencadeado em momentos de enorme beleza, tanto existente na natureza como nas artes. O que os pesquisadores ainda não sabem, é se essa resposta pode ser aprendida pelo indivíduo ou é inata.

O que se observou no grupo de pessoas testadas, é que indivíduos com uma ampla abertura para novas experiências, com grande imaginação, curiosidade, empatia e sensibilidade, tiveram ‘arrepios mais prolongados e intensos’.

E que esses arrepios ao ouvir música, vieram carregados de fortes emoções, de momentos inspiradores ou muito marcantes na vida daquelas pessoas. Avaliando as imagens de ressonância dos que sentiram os arrepios, ficou evidente que essas pessoas mostraram uma atenção redobrada ao que estavam escutando, como uma espécie de distorção sensorial em relação ao espaço externo.

Já escrevi dezenas de vezes, que a audição plenamente concentrada, pode ter o mesmo efeito no homem ocidental, que a meditação para o homem oriental. Pois enquanto nós no ocidente somos, culturalmente, extrovertidos, fazer o processo inverso de silenciar nossa mente, é muito mais complexo e tortuoso.

E a música tem a capacidade de nos levar a estar plenamente atentos, fazendo exatamente o que os cientistas de Harvard chamaram de ‘distorção sensorial’, em que estamos ausentes da sensação de tempo e espaço.

E quando realizamos essas audições em uma sala silenciosa e com as músicas ‘corretas’ para gerar esse grau de concentração e imersão, o resultado físico, mental e emocional é comprovadamente eficaz, tanto a curto, como a longo prazo.

E sinceramente não vejo momento mais crucial para realizarmos essa prática diária, pois a atualidade exige de todos nós: lucidez, calma, compaixão e harmonia plena.

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