

Fernando Andrette
fernando@avmag.com.br
Por mais que pareça a resposta que menos gostamos de ouvir, a primeira que me vem sempre à mente é a famosa: “depende”.
Imagino que, ao formularmos nossas dúvidas e recorrermos à ajuda de alguém que acreditamos ter mais conhecimento que nós, ouvir uma resposta tão ‘simplória’, pode nos causar enorme decepção.
Então, antes que você também tenha essa sensação, vamos reformular a pergunta inicial, fazendo uma pergunta anterior: “Nosso fone pode ser melhorado?”
Percebe que, ao fazer essa pergunta, temos a oportunidade de uma avaliação mais criteriosa e racional da questão?
É exatamente isso que ocorre com mais da metade das consultorias que recebo a respeito de como melhorar a performance de um fone de ouvido, sendo que o produto em si não tem essa possibilidade.
Por isso nossa insistência em alertar a todos vocês, para terem calma e jamais comprar um fone de ouvido por impulso, sem antes avaliar criteriosamente todos os prós e contras.
Tomando este cuidado, certamente a compra tende a ser muito mais assertiva e gratificante.
E, para os que nos consultam, e investiram em fones ‘definitivos’, eis dicas essenciais para futuros upgrades:
A primeira, e a mais óbvia, é melhorar a fonte. Se você utiliza seu celular como fonte, saiba que por mais sofisticado que esse seja, seu DAC interno jamais entregará a melhor performance.
Então, iniciar a busca por opções de DACs que sejam compatíveis com o seu fone e seu orçamento, é o primeiro passo em busca deste objetivo. O mercado tem excelentes opções que vão de 200 a 20.000 dólares, fácil!
Segunda opção, assinar uma plataforma de música que lhe entregue qualidade CD – e as duas melhores atualmente são Tidal e Qobuz.
E, por último, a possibilidade mais controversa de todas: upgrade no cabo do fone. Uma sugestão capaz de causar ‘urticária auditiva’ nos objetivistas!
E que, no entanto, é um upgrade capaz de melhorias audíveis (quem tiver ouvidos, que ouça). Como, por exemplo: melhor extensão dos agudos, melhor definição nos graves, médios mais arejados, transientes mais corretos – e, o principal, se a escolha for correta, uma maior inteligibilidade, menor fadiga auditiva, e volumes seguros.
No entanto, essa opção, reitero, é somente para fones Estado da Arte!
Fico feliz em saber que mais leitores estão interessados em melhorar a performance de seus fones, e nos consultam para a realização de upgrades.
E, por ser uma dúvida recorrente, constatar que nossa linha editorial está ajudando nossos leitores a serem cada vez mais conscientes na busca por fones de maior qualidade, e na preservação da audição!